Cocofruit aposta em fórmulas funcionais sem a adi�§�£o de conservantes e apoia produtores do Ceará

Fonte: http://www.gastronomiaenegocios.com.br


Postado em 2012-08-05



Entre 2011 e 2016, mais de 350 milhões de reais serão aplicados na cadeia do coco no Brasil, e o foco principal desse investimento será a água. A categoria, aos poucos tem sentido esse aquecimento, uma vez que as fabricantes tem voltado sua produção para o mercado interno. Nos quatro primeiros meses deste ano, os brasileiros consumiram 20,9% mais de água de coco – em relação ao mesmo período de 2011, segundo dados da Nielsen. A venda da bebida movimentou 140 milhões de reais - quase a metade dos 300 obtidos em 2011, enquanto produção nacional alcançou 2 bilhões de cocos, sendo que metade foi destinada à água, conforme dados do Sindcoco - Sindicato Nacional dos Produtores de Coco do Brasil.

De acordo com números da Abir - Associação das Indústrias de Refrigerantes e Bebidas não alcoólicas, a categoria tem crescido o consumo antes desse período, desde 2009. De lá para cá, o brasileiro já consumiu o equivalente a mais de 60 milhões de litros do produto, gerando um consumo per capita anual de 0,32 litros. Esse número, quando comparado aos sucos que corresponde a 2,79 litros per capita, ainda é pequeno. No entanto, quando comparado ao mercado de refrigerantes, representa 86 litros per capita, o que demonstra o crescimento do consumo em relação à categoria.

Aposta na saúde 

Para aproveitar as oportunidades que se desenham com a água de coco, fabricantes vêm investindo no desenvolvimento de sucos mistos, utilizando o produto como base. Além de oferecer sabores diferentes dos tradicionais encontrados no mercado, a versão apresenta a vantagem de somar diferentes componentes nutricionais de frutos distintos, seguindo outra tendência de mercado: a busca pela saúde.

Tem-se observado uma demanda cada vez maior por bebidas com ênfase em suas propriedades nutricionais e funcionais. Embora cor, sabor e aroma ainda sejam aspectos observados pelos consumidores, em busca de uma vida mais saudável, as propriedades nutricionais ganham cada vez mais importância no momento de adquirir um produto alimentar.

Muitos sucos de fruta apresentam sabor intenso e adstringente. Uma alternativa para melhorar o sabor é a diluição ou a mistura com outros sucos menos ácidos, resultando em um suco suave e agradável. Seguindo essa fórmula é que foram elaboradas as combinações equilibradas de Cocofruit. A empresa surgiu em 2009, no Espírito Santo, com o objetivo de agregar valor à água de coco. A ideia pioneira de unir polpa de frutas, de coco e água de coco e em alguns casos também a polpa do coco (para reduzir os índices de acidez do abacaxi ou da tangerina) tinha o objetivo de fazer um produto equilibrado, saudável e saboroso. Por essa razão a empresa foi a primeira a envasar essa mistura no Brasil. Depois de mais de três anos de estudos e testes de mercado, a marca chegou a São Paulo em 2012.

Para a fabricante, os fatores de equilíbrio encontrados no produto são mais importantes que as cores vivas e aromas intensos conseguidos por meio da adição de corantes e aromas artificiais de outras bebidas. “A fórmula equilibrada preserva o aroma do coco e das frutas usadas em sua composição. Além disso, a água de coco pode representar um produto rival às bebidas isotônicas artificiais para os praticantes de atividades esportivas devido a sua capacidade de repor eletrólitos. Uma bebida equilibrada como Cocofruit pode não ter a cor viva de uma bebida que contém corante, mas sua composição exclusivamente natural é o diferencial”, afirma Lydia Langen, diretora financeira.

Apoio aos pequenos produtores e produção 

Hoje, há 240 mil produtores de cocos no País. A maioria é de pequenos agricultores, de acordo com o Sindcoco. Fomentando o trabalho dessas famílias e comunidades é como a Cocofruit trabalha, público que depende do plantio do coco para seu sustento. O momento ideal para a colheita do coco verde é primordial para garantir a qualidade do produto. O processo de extração e conservação da água e da polpa segue todos os padrões de higiene definidos pela legislação de Segurança Alimentar.

O coco é perfurado manualmente e a água escoa direto para um reservatório, onde é filtrada, resfriada e imediatamente enviada (via tubulação) para câmara fria e escura, regulada à temperatura ideal para sua conservação. O próximo passo é a extração da polpa do coco. Comparada à polpa do coco maduro, a polpa do coco verde é mais leve, com baixo teor de gordura e calorias, o que faz de Cocofruit um produto saudável.

Em seguida são selecionadas as melhores polpas e sucos de frutas e feita às misturas. Com o objetivo de gerar um produto completamente livre de conservantes, Cocofruit atenta para a garantia de um processo asséptico em toda a cadeia produtiva até o envase. Além disso, cuida do processo de esterilização do produto, estabelecendo o equilíbrio ideal entre a temperatura selecionada e o tempo de exposição à mesma, assegurando, com isso, a destruição de micro-organismos sem comprometimento dos nutrientes contidos no produto.

A opção pela embalagem Tetra Pak deve-se ao fato de a água de coco ser extremamente sensível à radiação ultravioleta e ao oxigênio, além de garantir a proteção. Tudo isso permite ao produto uma longa durabilidade, sem a necessidade de introduzir conservantes à fórmula, fazendo da marca um produto 100% natural, rico em vitaminas e sais minerais, de qualidade Premium.

Verdades e mentiras sobre a produção de água de coco no Brasil 

*A água de coco é um produto que se oxida com muita facilidade. Por isso é necessário adicionar ácido ascórbico ou outro produto antioxidante, para embalagens longa vida.

*O Ministério da Agricultura não permite que se coloque a frase “100% natural” numa embalagem de bebida com antioxidante. Muitas embalagens de água de coco têm essa frase estampada e usam o antioxidante.

*Há casos de embalagens com essa frase e que usam até conservantes como metabissulfito de sódio ou benzoato de sódio. Outras vezes, as informações estão escritas com letras muito pequenas ou em cores que dificultam a leitura. Em outras situações, as informações verdadeiras são simplesmente omitidas.

*Outra mentira é a de usar água de coco seco no lugar de água de coco verde para a produção da bebida. A água de coco seco não é saborosa, perde nutrientes, é mais gordurosa e tem um preço muito menor, pois é refugo das fábricas de coco ralado. Nesse caso, essa informação não é nem mencionada na embalagem.

*Infelizmente não existe uma fiscalização eficaz para combater o que se pode chamar de "enganar o consumidor". Porém, o próprio consumidor brasileiro ainda não adquiriu o saudável hábito de ler o que está escrito nas embalagens.

Na contra mão do mercado 

Atraídas por custos mais baixos, algumas fabricantes começaram a importar água de coco concentrada de países da Ásia, como a Índia. Este fato tem deixado concorrentes, que utilizam matéria-prima nacional, descontentes. Embora seja um produto tipicamente nacional - associado aos coqueirais do Norte e Nordeste, bebe-se muito mais sucos e refrigerantes no Brasil do que a água que vem do coco.

O argumento das indústrias que usam coco nacional é que a concorrência com a matéria-prima asiática é desleal, pois nesses países não se têm obrigações sociais ou tributárias. Na Ásia, o cultivo de coco não é destinado à indústria de alimentação, mas, em sua maior parte, à produção de óleo de coco. Por isso, os coqueiros plantados lá são os da espécie gigante.

No Brasil, mais da metade das plantações é de coqueiro anão - mais recomendado para extração de água, segundo a Embrapa. O teor de gordura na água do coco do coqueiro gigante é maior. Mas não é só o tipo de coqueiro que influi na qualidade da bebida. Para ser trazida para o Brasil, a água de coco passa por um processo de concentração. Para superar a longa viagem até o Brasil são acrescidos conservantes.

Há também quem questione as condições sanitárias pelas quais a água de coco asiática é extraída e manipulada. Assim como há países que adotam restrições a produtos de exportação brasileiros (carne e suco de laranja, por exemplo), a sugestão de algumas fabricantes é de que o governo brasileiro deveria adotar parâmetros em relação à água importada.

Versões e Sabores

Inicialmente a Cocofruit traz para o mercado produtos nos sabores Abacaxi, Limão e Tangerina e Água de Coco Pura que são comercializados em embalagens Tetra Pak (1 litro) e (330 ml). “Para 2013 complementaremos a linha atual e traremos uma linha especialmente desenvolvida para o público infantil. Os demais lançamentos serão baseados na aceitação, demanda e tendências do mercado”, afirma Andreas Langen, diretor comercial.

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